EDUARDO TEIXEIRA PINTO

 

 

 

 

 

 

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NOTAS BIOGRÁFICAS


 

EDUARDO DA COSTA TEIXEIRA PINTO nasceu na freguesia de S. Gonçalo, Amarante, em 1933.

 

Começou a tirar as suas primeiras fotografias profissionais em 1950, tornando-se expositor desde 1953 em vários salões de fotografia nos cinco continentes.

 

Foi membro activo de diversas comunidades de fotógrafos, nomeadamente a Associação Fotográfica do Porto, o Grupo Câmara (Coimbra) e a Associação Fotográfica do Sul (Évora).

 

Herdou do seu pai — também fotógrafo — o prazer de fotografar.

 

A sua longa experiência de toda uma vida e o seu olhar poético sobre a realidade fizeram de si um dos melhores e mais galardoados fotógrafos portugueses do século XX.

 

A sua obra aborda diversos temas, com destaque para a Natureza e a figura humana, que tão bem soube conciliar.

 

Com fotografias como «Rodopio», «Igreja de S. Gonçalo», «De Regresso», «Tema de Pintores», «Matinal» e «Quietude», entre outras, obteve inúmeros prémios em Portugal e no estrangeiro, nomeadamente o Grande Prémio de Camões (1960) — uma das mais altas distinções a nível nacional.

 

Falecido em 2009, Eduardo Teixeira Pinto era avesso a homenagens e distinções. Deixou um espólio fotográfico de valor incalculável, de que faz também parte uma vasta colecção de máquinas fotográficas, algumas das quais dignas de catalogação museológica.

 

 

LIVROS


EDUARDO TEIXEIRA PINTO

A Poética da Imagem

 

 

Edição:

Grupo MOTA ENGIL e família Teixeira Pinto

Data: Dezembro de 2010

Dimensões: 23x31cm

Páginas: 316

Preço: 50 euros

 

«Alguns dos trabalhos reunidos neste volume mostram o mestre da Fotografia que foi Eduardo Teixeira Pinto.»

MARIA JOSÉ QUEIRÓS LOPES Coord.

 

Pedidos a: vtpinto@sapo.pt

 

 

TESTEMUNHOS


UM MUSEU PARA O EDUARDO

 

Eduardo Teixeira Pinto é um fotógrafo de um mundo que já quase não existe.

 

Na verdade, estamos a atravessar uma era de (quase) catástrofe. Algo que Barthes definiria como um «punctum», um momento de dor e angústia para muitos de nós, decerto para as nossas representações, para o ‘cliché’ que faríamos de nós mesmos.

 

Lula Pena, essa estranha voz do fado (do fado exquis ou o fado esquisito), disse um dia: «o silêncio não assusta» e «a velocidade é uma coisa que não é humana». É certo: ruído e velocidade caracterizam tragicamente este tempo de passagem.

 

Não se trata de um fenómeno novo: Mallarmé, Baudelaire, Rimbaud e até Paul Célan experimentaram já esta asfixia no passado. Cultivaram-na, mesmo. Walter Benjamin, o famoso filósofo alemão, chamou-lhe «spleen».

 

O «spleen» é aquilo que nós podemos designar por «doença do tempo». Se se pode dizer assim, o tempo está em mudança da pele, numa impiedosa metamorfose.

 

Vivemos hoje numa parede entre duas esquinas. Vislumbramos, por um lado, o fim de uma era — o fim do capitalismo selvagem, dizem alguns; definitivamente, o fim daquilo que se convencionou chamar o pós-Modernismo.

Temos, por outro lado, ainda um pé (a recordação dos nossos antepassados e a memória da nossa infância) num outro tempo.

 

Estamos, portanto, divididos, com a alma dilacerada, em chagas.

Para os mais pessimistas (ou mais incapazes) restará aceitar esta perda: os próximos anos serão de psiquiatras e coveiros. Para nós deverá ser um tempo de reconstrução…

 

Repito: Eduardo Teixeira Pinto é um fotógrafo de um mundo que já quase não existe. Dito por outras palavras, é um fotógrafo de um tempo quase perfeito.

 

Nos últimos anos Amarante transformou-se. Cedendo, também, a um certo caos (veja-se, por exemplo, o caos arquitectónico), sacrificando-se por essa avassaladora dinâmica da inevitabilidade, do enriquecimento fácil, da ilusão da felicidade a qualquer preço.

Retomando as palavras do fado exquis, o que fazer, então, contra esta velocidade, contra este ruído?

 

Temos passado, somos ricos.

Na Literatura temos um Teixeira de Pascoaes. Na Pintura temos um Amadeo de Souza-Cardoso. E muito mais. E porque a Fotografia é hoje uma arte nobre, podemos dizer que temos agora um Eduardo Teixeira Pinto na Fotografia.

 

Gageiro (Eduardo Gageiro, um dos fotógrafos do 25 de Abril), propõe uma rua para o Eduardo. Nós, que respiramos ainda, que povoamos o Largo de S. Gonçalo (um dia já não nos veremos mais por lá — e não nos incomoda pensarmos nisso?), temos essa e mais — e maiores — responsabilidades.

 

Como há 200 anos, temos que defender outra vez a ponte. Uma outra ponte, é certo: uma ponte para atravessar esta esquina, para levar às gerações futuras o rio do Eduardo, a névoa do Eduardo, as lavadeiras e as velhas azenhas, as feiras antigas e os negociantes de gado, a luz matinal, os reguilas e os barcos, o Tâmega límpido ou em chamas.

 

Em suma, Amarante precisa de um Museu da Fotografia. Eu diria mesmo: Amarante precisa, urgentemente (porque para isto é-nos permitido reclamar urgência), de um Museu da Fotografia com o nome de Eduardo Teixeira Pinto.

 

Se não formos capazes, a nossa geração não entregará nada de significativo (de verdadeiramente perfeito) aos nossos filhos.

 

ANTERO DE ALDA

No lançamento do livro

«A Poética da Imagem»

Casa da Calçada - Amarante

18 de Dezembro de 2010

 

 

 

«Era o Tâmega, com os pescadores, as lavadeiras, os chorões, as sombras e as luzes, a sua permanente fonte de inspiração.»

ALBANO TAMEGÃO

 

«Nos anos sessenta e setenta foi o segundo fotógrafo mais premiado em Portugal.»

ALEXANDRE DE SOUSA BRAGA

 

«Mais do que lançar um rude 'olhar português', procurava ver o que o rodeava com um original e poético olhar amarantino.»

ANTÓNIO JOSÉ QUEIROZ

 

«Foi um homem realizado e a sua transmissão genética deu também excelentes frutos.»

AUGUSTO BARROS

 

«Reparei que havia um fotógrafo que se destacava pela originalidade do seu trabalho e que ganhava imensos prémios.»

EDUARDO GAGEIRO

 

«Os 'Eduardos' deste mundo é que dão sentido à Vida...»

FAMÍLIA MOTA

 

«Fundia uma rara sensibilidade com a capacidade de espanto perante a beleza e diversidade da natureza e do homem.»

FILIPE GONÇALVES

 

«Eras realmente um artista, genuíno, incondicionalmente amante da tua Amarante que esquadrinhaste até ao ínfimo recanto.»

GRACINDA CASTELO BRANCO

 

«Fotografou Amarante, com as suas belas paisagens e monumentos, como ninguém.»

JOAQUIM FERNANDO PACHECO

 

«Sabia descobrir, como a existência constatada, a representação da vida, (...) a história de uma terra que não o pode esquecer.»

JÚLIO CUNHA

 

«O Eduardo era um mestre na fotografia e na humildade.»

MANUEL CARNEIRO

 

«Fotografava, fotografava sempre, com imensa satisfação pessoal e com muita alegria.»

MANUEL TEIXEIRA CLEMENTE

 

«Obrigada, Eduardo. A vida não termina para os que foram dignos de ter nascido.»

MARIA EULÁLIA MACEDO

 

«Ao Artista, ao Eduardo, Mestre da Fotografia e da Amizade, imensamente obrigado.»

MARIA JOSÉ PINTO DE ALMEIDA

 

«(...) Na boca descansava um cigarro já moribundo e nas mãos uma máquina muito esquisita. Chamam-lhe Eduardo e dizem que é fotógrafo.»

PEDRO BASTO

 

 

AGRADECIMENTO


«A todos os que com o seu testemunho nos permitem guardar a 'Memória' do nosso Pai o nosso profundo reconhecimento.»

FAMÍLIA TEIXEIRA PINTO

 

 

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